16 Abr 2020 | HRS

Diálogo, flexibilização, acesso ao crédito e postergação de impostos. Facesp define prioridades


A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) voltou a ser reunir, por videoconferência, nesta terça-feira (14/04) e definiu as prioridades de atuação no enfrentamento à crise econômica gerada pelo coronavírus. 

Diretoria e vice-presidentes da Facesp estabeleceram que a busca por um diálogo permanente com prefeitos e governador; o acesso dos empreendedores ao crédito, de forma rápida e desburocratizada; a flexibilização do decreto de quarentena, para a reabertura gradual e regionalizada das atividades econômicas; e a postergação de impostos deverão ser as prioridades da Facesp. 

“Temos que manter a nossa rede unida e praticarmos um discurso alinhado”, afirmou o presidente da Facesp e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alfredo Cotait Neto. “As Associações Comerciais (ACs) têm sido protagonistas nos debates em torno da crise”, disse. 

A Facesp pretende realizar uma reunião com a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen. Além de apresentar a proposta de flexibilização do decreto, os vice-presidentes da Facesp terão a oportunidade de descrever as especificidades de cada região e as demandas mais urgentes. 

Ellen poderá detalhar o funcionamento do Plano de Resposta e Recuperação Econômica, que analisará ações a serem implementadas pelo governo estadual no setor econômico. O Plano prevê a criação de um Fórum de Representação do Comércio, que terá participação direta das ACs do Interior, da Grande São Paulo e da Região Metropolitana. 

Outro encontro planejado será com o presidente da Desenvolve SP - Agência de Desenvolvimento Paulista, Nelson de Souza. A Facesp vai propor que as Associações Comerciais passem a ser as responsáveis pela interlocução do empreendedor com as linhas de crédito. “O dinheiro que está sendo disponibilizado pelo Governo Federal, pelo Estado, pelos bancos públicos e privados e até pelo Sebrae precisa chegar, de modo ágil e desburocratizado, às micro e pequenas empresas (MPEs).  As Associações Comerciais, pela capilaridade e pela credibilidade, podem e têm condições de operacionalizar este processo”, afirmou Cotait. A proposta de colocar a AC como interlocutora será pauta de reuniões com os bancos públicos – Caixa e Banco do Brasil, e com cooperativas de crédito. 

“Insistimos na necessidade de postergação de impostos, para que o empreendedor tenha condições de arcar com a folha de pagamento e, assim, manter os empregos e as portas abertas”, afirmou o presidente da Facesp. “O Estado deve, urgentemente, postergar o pagamento do ICMS e demais impostos, e as Prefeituras precisam suspender os tributos, caso contrário, as empresas irão fechar e a recessão será catastrófica”, disse Cotait.

tags: corona virus, comércio , isolamento

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